Visitar Berlim e Rúgia, a última escapadela em Erasmus

Visitar Berlim e Rúgia, a última escapadela em Erasmus

A boa vida está quase a terminar…, mas ainda deu tempo para fazer uma surpresa e visitar (finalmente) a capital da Alemanha, Berlim, e a maior ilha do país, Rúgia. Uns dias bem intensos, mas que valeram bem a pena!

Fui uma semana de surpresa a Portugal, não ia a Portugal desde Janeiro e consegui aguentar cerca de 3 meses uma mentira quase ao ponto de eu mesmo acreditar na mesma, menti com todos os dentes aos meus pais e dias antes do primeiro aniversário da minha sobrinha lá apareci em casa como se nada fosse, quer dizer…, bastante estafado pela viagem…

Primeiro uma passagem por Portugal

Após 10 horas num banco de aeroporto onde joguei Solitário no computador (pois a wireless disponível era paga) até a bateria acabar. Li uns quantos capítulos de um livro que me acompanha há já uns meses e ainda dormi umas 2 horinhas, lá entrei para o avião e preparei-me para sair por uma semana de terras Germânicas.

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A chegada a casa foi certamente uma das mais rápidas e impressionantes que tive até hoje, quando acordei (no avião) estava a entrar em Portugal e consegui localizar a barragem de Castelo de Bode que me ajudou a seguir o Zêzere até Constância e após isso localizar Santarém que por sua vez deu para localizar bastante bem a A1, a partir daí foi uma questão de minutos até conseguir ver a minha terra do céu, simplesmente fabuloso!

O mais incrível foi o tempo que demorei desde que aterrei na Portela até a Azambuja, apenas uma hora! A mala foi das primeiras a aparecer, apenas tive de esperar 1 minuto pelo autocarro (era o valor que apresentava no mostrador) e outros 4 minutos pelo comboio na estação de Oriente!

Visitar Berlim e Rúgia, a última escapadela em Erasmus
Visitar Berlim e Rúgia, a última escapadela em Erasmus

Chegando a Azambuja apenas tive de esperar uns breves minutos pela minha prima (a minha cúmplice nesta história toda) que me levou a casa, palco de alguns pequenos ataques cardíacos proporcionados pela minha pessoa! Poderia alongar esta mensagem e detalhar cada uma das reacções, mas de todas a mais importante foi sem dúvidas a da minha sobrinha que com apenas 1 ano e sem me ver há 6 meses me reconheceu apenas pela voz, é algo que não consigo mesmo ficar indiferente e só aquele momento valeu-me cada cêntimo da viagem que investi!

Após uma semanita em Portugal onde vi e revi alguns amigos e estive com a minha família, lá voltei para as terras Bárbaras. Um dia e meio em Berlim alojado por 2 desconhecidos que (mais uma vez) o couchsurfing me proporcionou foram o suficiente para provar um pouco da capital deste país, muito pouco tempo para ver uma cidade mas sempre deu para ver algumas partes mais importantes, pelo menos já posso dizer que fui a Berlim!

Rumo a Rúgia

O melhor desta viagem toda foi mesmo o último destino, Rúgia, certamente uma ilha a visitar um dia mais tarde e um dos locais mais fantásticos em que estive em toda a minha vida! Pela primeira vez vi um pôr-do-sol às 0:30, simplesmente fantástico!

A ilha é enorme e tem mesmo muita coisa para ver, mais uma vez fiz campismo selvagem e num Parque Natural (qualquer dia sou mesmo preso…) e de facto foram 2 noites pelas quais não há descrição possível, dormir no meio de um paraíso daqueles e ao som do mar é algo simplesmente brutal, pena que dá uma vontade de mijar terrível e a meio da noite tive de ir descalço procurar uma árvore perto…, mas isto já são detalhes a mais…

O caricato no meio disto tudo é que estive uma semana em Portugal e nem sequer vi o mar (senão pelo avião), e assim que chego à Alemanha passo um excelente dia de praia no Mar Báltico (curiosamente a água é bem mais temperada que a Costa Atlântica de Portugal…) que me valeu de um ligeiro bronze! Rúgia surpreendeu-me imenso pela positiva!

É pena que o meu Erasmus esteja na recta final, pois os momentos bons não têm forma de terminarem e cada vez mais quero ficar por cá. Ainda ontem em conversa com uma amiga minha Espanhola recordámos que em Novembro tínhamos saudades do nosso País e que neste momento só pensamos em adiar o regresso a casa, felizmente não é a cidade que me deixa saudades mas sim as pessoas, espero voltar a vê-los todos dentro em breve, não fossemos todos nativos da mesma península.

Conhecer Königsstuhl, a Cadeira do Rei

Königsstuhl, ou a Cadeira do Rei em Português, é uma escarpa na ilha de Rügen no norte da Alemanha. Se pesquisarem por “Königsstuhl” vão encontrar várias referência a diferentes locais, não é de estranhar tendo em conta que a zona onde é a Alemanha que conhecemos hoje. Há uns 100 anos eram vários reinos, uma história não muito distante. Portanto, não é de estranhar existirem tantas “cadeiras do rei”, na verdade, foram vários reis.

Königsstuhl, a Cadeira do Rei, em Rúgia
Königsstuhl, a Cadeira do Rei, em Rúgia

Visitei este local em Julho de 2008, após uma visita surpresa à familia toda em Portugal, regressei à Alemanha para concluir o meu Erasmus, mas antes de voltar a Dresden decidi passear um pouco e conhecer Berlin e a ilha de Rúgia. A viagem foi planeada por um amigo meu tuga, que também estava em Erasmus comigo, o ponto de encontro foi já na ilha de Rúgia, e o resto é história já mais do que contada.

Onde fica Rúgia?

Rúgia é a maior ilha da Alemanha, fica no norte quase ao lado da Dinamarca no Mar Báltico. É um destino de verão popular entre os alemães, e de fácil acesso, visto que a ilha está conectada ao continente por uma ponte de apenas cerca de 3 km.

Além de várias praias paradisíacas, em Rúgia também existe um Parque Nacional, o Parque Nacional Jasmund onde se pode ver a Cadeira do Rei (Königsstuhl), uma falésia de giz! Sim, giz! Em 2011 esta falésia foi adicionada à lista de Património da Humanidade da UNESCO. Curiosamente quando visitei ainda não estava nesta lista.

Sugestões de alojamento

Sendo Rúgia uma ilha grande, existem várias alternativas de alojamento. Tanto na ilha, como na cidade junto à ilha, no continente, Stralsund. Existe opção de ficarem numa das várias vilas da ilha, como Sassnitz, Binz ou Putbus, ou acampar num dos vários parques de campismo. Pessoalmente prefiro o campismo, mas a oferta é plena!

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Por Gil Sousa

Português emigrado em Cork, viajante e apreciador de boa comida.

2 comentários

  1. ficas ai e parto-te a boca td a pedrada…sim, mm a distancia! eu sei, eu sei q fui a 1a a desertar dakele polo de desenvolvimento social e cultural q e a nossa terrinha m pelo menos fikei no pais!! Podes ligar-me sem custos acrescidos e psicologicamente é pertinho pertinho!! :p Antes de ficares seja onde for é favor vir ter connosco!
    foi bom ter-te por ca mm so por um dia (pra mim foi so um diam valeu p mys 😉 ) espero q estejas cd x melhor ctg! 🙂

  2. Engraçado como fiz o mesmo, por 1 aniversario, mas o da minha mãe! Acho q foi a melhor surpresa que já fiz algures na minha vida. Mas devo-te dizer, antes de chegar e ir a casa, fui com os meus “cumplices” à praia, e bebi 1 Super Bock (coisa que não se encontra em Wroclaw como se encontra no Português em Dresden) e sim, depois disso, após passar uma directa em Barcelona festejando o s. João, apareci em casa. Vi o mar antes de tudo, acho q foi das coisas que mais tive saudades neste tempo inteiro fora da faculdade.

    E não descrevendo todos os momentos mágicos nesta visita surpresa..

    Um abraço Gil, e até já!

    P.S. -> a 15 horas de “zarpar” de Wroclaw, bebado depois de 1 noitada brutal (tu sabes como é..) xD

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